Cibersegurança e gestão orçamentária: A nova fronteira da Governança.
“Proteger dados é proteger decisões. E proteger decisões é fortalecer o futuro da instituição."
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Por Julio Cezar Vilela Pereira – Especialista em Planejamento, Gestão Estratégica, Orçamento e Finanças Públicas.
10/5/20252 min read


Hoje temos um artigo de um especialista convidado: Julio Cezar Vilela Pereira, profissional altamente qualificado é o Chefe da Seção de Planejamento e Gestão Orçamentária da Polícia Militar de Minas Gerais. Aproveitem.
Em um ambiente institucional cada vez mais digitalizado, a cibersegurança deixou de ser um tema restrito às áreas de tecnologia para se tornar um elemento estratégico de governança. As Instituições de uma forma geral precisam proteger seus ativos e atualmente esta proteção perpassa, em grande medida, pela cibernética aplicada aos seus sistemas e usos tecnológicos a cada decisão orçamentária e a cada processo de planejamento.
O planejamento e a gestão orçamentária contemporânea não se resume a números, planilhas e balanços. Estas atividades envolvem sistemas integrados de dados, plataformas de gestão financeira/orçamentária, indicadores de desempenho e informações sensíveis sobre contratos, convênios e investimentos estratégicos.
Quando falamos em cibersegurança nesse contexto, tratamos de garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade dessas informações. Um simples ataque cibernético, por exemplo, pode interromper sistemas de execução orçamentária, inviabilizar a análise de indicadores de desempenho financeiro e até comprometer decisões estratégicas de alocação de recursos.
No dia a dia da gestão orçamentária, a cibersegurança se traduz em continuidade operacional. A perda temporária de acesso a sistemas de gestão pode gerar atrasos, retrabalho e até imprecisões nas projeções de entregas e realizações institucionais, afetando o seu negócio.
Além disso, vulnerabilidades digitais podem expor dados sensíveis de servidores, fornecedores e convênios, abrindo espaço para fraudes, desvios ou litígios administrativos.
Mesmo quando um incidente cibernético não atinge diretamente os sistemas orçamentários, ele pode afetar a percepção institucional e a governança corporativa. A confiança de parceiros, patrocinadores e órgãos de controle depende da robustez das práticas de segurança da informação.
A ausência de uma cultura de cibersegurança também compromete a tomada de decisão estratégica, pois dados corrompidos, vazados ou manipulados distorcem cenários, indicadores e previsões — elementos centrais para o planejamento orçamentário.
A maturidade cibernética deve estar prevista no próprio planejamento estratégico e orçamentário da corporação ou instituição para que seja possível prever recursos específicos para segurança da informação nos orçamentos corporativos; capacitar gestores e técnicos em noções de gestão de riscos digitais; integrar auditorias de conformidade digital aos processos de governança financeira; e estabelecer protocolos de resposta a incidentes vinculados à continuidade orçamentária.
Essa integração entre planejamento, tecnologia e segurança forma a base do que chamamos de cibergovernança institucional — um modelo no qual o orçamento protege, e é protegido, pela segurança digital.
Enfim, a cibersegurança não é um custo, mas um investimento estratégico, que se conecta diretamente ao propósito maior da gestão institucional ou corporativa.
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