Adoção e Evolução do Modelo Zero Trust em 2025 por Pequenas e Médias Empresas
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Ricardo Gonçalves
7/15/202513 min read


1 INTRODUÇÃO
Em 2025, as pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam um cenário digital cada vez mais complexo e desafiador. A transformação digital acelerada, impulsionada pela adoção massiva do trabalho remoto, computação em nuvem e dispositivos móveis, ampliou significativamente a superfície de ataque para cibercriminosos. Ao mesmo tempo, a sofisticação dos ataques — como ransomware, phishing direcionado, invasões à cadeia de suprimentos e ameaças internas — expôs vulnerabilidades que modelos tradicionais de segurança não conseguem mais conter.
Segundo pesquisas recentes, o mercado global de soluções Zero Trust deve crescer de US$ 36,5 bilhões em 2024 para US$ 78,7 bilhões em 2029, refletindo a crescente adoção dessa abordagem em todos os segmentos, incluindo PMEs. Nesse contexto, o modelo Zero Trust surge como uma abordagem estratégica e necessária para proteger os ativos digitais das PMEs, independentemente do porte ou setor. Diferentemente dos modelos convencionais que assumem confiança dentro do perímetro da rede, o Zero Trust parte do princípio de que nenhuma entidade deve ser confiável sem verificação rigorosa, adotando uma postura de segurança contínua e adaptativa.
Este artigo apresenta uma análise detalhada da adoção e evolução do modelo Zero Trust em PMEs em 2025, abordando seus fundamentos, benefícios, desafios, estratégias de implementação e tendências futuras, com base em pesquisas recentes e melhores práticas do mercado.
2 O QUE É O MODELO ZERO TRUST
2.1 Contexto e origem
O conceito de Zero Trust foi introduzido pelo analista John Kindervag em 2010, como uma resposta à obsolescência dos modelos tradicionais de segurança baseados em perímetro. Durante décadas, as organizações protegiam suas redes com firewalls e sistemas que criavam uma “muralha” ao redor da infraestrutura interna, presumindo que tudo dentro desse perímetro era confiável.
Com a crescente adoção de dispositivos móveis, trabalho remoto, aplicações em nuvem e ambientes híbridos, essa abordagem mostrou-se insuficiente. Ataques que exploram vulnerabilidades internas, credenciais roubadas e falhas em sistemas legados passaram a ser comuns, evidenciando a necessidade de um modelo que não confiasse em nada, mesmo que estivesse “dentro” da rede.
2.2 Princípios fundamentais do Zero Trust
O modelo Zero Trust baseia-se em cinco pilares essenciais:
Nunca confiar, sempre verificar: Nenhum usuário, dispositivo ou aplicação recebe confiança automática. Cada solicitação de acesso deve ser autenticada e autorizada com base em múltiplos fatores e contexto.
Privilégio mínimo: Os acessos concedidos são limitados ao mínimo necessário para a execução das tarefas, reduzindo o risco de abuso ou comprometimento.
Segmentação da rede: A rede é dividida em segmentos isolados para impedir a movimentação lateral de invasores em caso de comprometimento.
Monitoramento e análise contínua: O ambiente é constantemente monitorado para detectar comportamentos anômalos, com respostas rápidas e automatizadas.
Automação e orquestração: Processos de segurança são automatizados para aumentar a eficiência, reduzir erros humanos e acelerar a resposta a incidentes.
Esses pilares são suportados por tecnologias como gerenciamento de identidades e acessos (IAM), autenticação multifator (MFA), microsegmentação, análise comportamental e ferramentas de resposta a incidentes.
2.3 Diferenças em relação ao modelo tradicional
Enquanto o modelo tradicional foca na proteção do perímetro, assumindo que tudo dentro da rede é confiável, o Zero Trust reconhece que o perímetro já foi violado ou é irrelevante em ambientes modernos. A segurança é aplicada diretamente aos dados, aplicações e usuários, independentemente de onde estejam localizados, seja em nuvem, dispositivos móveis ou redes externas.
3 POR QUE O ZERO TRUST É ESSENCIAL PARA PMEs EM 2025
3.1 Crescimento exponencial das ameaças
As PMEs são alvos cada vez mais frequentes de ataques cibernéticos. Segundo relatório da Gartner (2025), cerca de 43% dos ataques envolvendo ransomware têm como alvo empresas de pequeno e médio porte, que muitas vezes não dispõem de defesas adequadas. Além disso, ataques à cadeia de suprimentos, que exploram vulnerabilidades em fornecedores ou parceiros, aumentaram 30% nos últimos dois anos, impactando diretamente as PMEs.
Na América Latina, por exemplo, a Cloudflare reportou um aumento de 27% no bloqueio diário de ameaças cibernéticas no primeiro trimestre de 2025, totalizando cerca de 30 bilhões de ataques bloqueados por dia. Isso evidencia a urgência das PMEs adotarem modelos de segurança mais robustos.
3.2 Complexidade do ambiente digital
A maioria das PMEs hoje opera em ambientes híbridos e multicloud, combinando servidores locais, nuvens públicas e privadas, além de aplicações SaaS. Essa dispersão dificulta a aplicação de políticas de segurança uniformes e aumenta a superfície de ataque.
3.3 Limitações das soluções tradicionais
Firewalls, antivírus e VPNs, que foram pilares da segurança nos últimos anos, não são suficientes para proteger contra ameaças modernas, especialmente em ambientes com trabalho remoto e dispositivos pessoais (BYOD). O modelo Zero Trust, especialmente com soluções como Zero Trust Network Access (ZTNA), oferece acesso seguro e segmentado, substituindo as VPNs tradicionais.
3.4 Benefícios estratégicos do Zero Trust para PMEs
O Zero Trust permite que PMEs:
Protejam seus ativos críticos com uma abordagem adaptativa e granular.
Reduzam o risco de ataques bem-sucedidos e minimizem impactos.
Facilitem a conformidade com regulamentos como a LGPD.
Melhorem a confiança de clientes e parceiros.
Escalem sua segurança conforme o crescimento e evolução tecnológica.
4 BENEFÍCIOS DETALHADOS DA ADOÇÃO DO ZERO TRUST PARA PMEs
4.1 Redução da superfície de ataque
A redução da superfície de ataque é um dos pilares fundamentais do modelo Zero Trust e representa um ganho estratégico para PMEs. Tradicionalmente, muitas empresas adotavam uma segurança baseada no perímetro, confiando implicitamente em tudo que estivesse dentro da rede corporativa. Essa abordagem amplia a superfície de ataque, pois um invasor que consiga penetrar o perímetro tem acesso amplo aos recursos internos.
O Zero Trust muda essa lógica ao aplicar o princípio do privilégio mínimo, concedendo a cada usuário, dispositivo ou aplicação acesso somente aos recursos estritamente necessários para suas funções. Isso limita drasticamente as possibilidades de exploração por invasores.
Além disso, a microsegmentação da rede divide a infraestrutura em segmentos isolados, impedindo que um ataque que comprometa um ponto se propague lateralmente. Por exemplo, se um colaborador for vítima de um ransomware, o malware não conseguirá se mover para servidores críticos ou bases de dados protegidas por segmentação.
Essa segmentação pode ser feita por departamentos, tipos de dados ou níveis de risco, criando barreiras internas que dificultam a movimentação lateral do atacante. Para PMEs, que geralmente dispõem de menos recursos para recuperação de desastres, essa proteção é vital para minimizar impactos e garantir a continuidade do negócio.
Segundo um relatório da CyberNod (2025), a adoção do Zero Trust pode reduzir em até 70% a exposição a ataques cibernéticos, especialmente aqueles que exploram acessos indevidos ou falhas internas.
4.2 Proteção contra ameaças internas e externas
As ameaças cibernéticas não vêm apenas de agentes externos. Muitas vezes, o maior risco está dentro da organização — seja por erro humano, negligência ou intenções maliciosas. Estudos indicam que até 60% dos incidentes de segurança envolvem algum tipo de ameaça interna.
O Zero Trust aborda essa realidade ao monitorar continuamente o comportamento dos usuários e dispositivos, utilizando ferramentas de análise comportamental, inteligência artificial e machine learning para identificar padrões suspeitos e desvios do comportamento normal.
Por exemplo, se um usuário tentar acessar dados fora do seu escopo habitual, ou em horários incomuns, o sistema pode bloquear o acesso automaticamente ou solicitar autenticação adicional. Essa vigilância constante reduz riscos como vazamento de dados, uso indevido de credenciais e ataques internos.
Para PMEs, que podem não ter equipes dedicadas de segurança, a automação e o monitoramento contínuo do Zero Trust funcionam como uma camada extra de proteção, compensando limitações humanas e técnicas.
4.3 Conformidade com regulamentações
A conformidade com regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), GDPR e outras normas internacionais é um desafio crescente para PMEs, especialmente aquelas que lidam com dados pessoais, financeiros ou de saúde.
O Zero Trust facilita essa conformidade ao oferecer:
Rastreabilidade completa: registros detalhados de quem acessou o quê, quando e de onde, essenciais para auditorias e investigações.
Controle rigoroso de acessos: políticas automatizadas que garantem que apenas usuários autorizados tenham acesso a dados sensíveis.
Ferramentas integradas: soluções como o Microsoft Purview Compliance Manager ajudam a automatizar controles, avaliações de risco e relatórios, simplificando o cumprimento das normas.
Além disso, o modelo ajuda a mitigar riscos de multas e danos reputacionais decorrentes de vazamentos, um benefício estratégico para PMEs que buscam crescimento sustentável.
4.4 Segurança em ambientes híbridos e multicloud
Com a adoção crescente de ambientes híbridos e multicloud, as PMEs enfrentam o desafio de aplicar políticas de segurança uniformes em infraestruturas dispersas. O Zero Trust resolve esse problema ao focar na proteção baseada em identidade e contexto, independentemente da localização física dos recursos.
Isso significa que, seja um servidor local, uma aplicação SaaS ou um dispositivo móvel, as mesmas políticas de acesso, autenticação e monitoramento são aplicadas de forma consistente. Essa uniformidade evita brechas causadas por configurações divergentes e simplifica a gestão de segurança.
Além disso, o Zero Trust facilita a integração com provedores de nuvem pública, como Azure, AWS e Google Cloud, permitindo que PMEs escalem sua infraestrutura com segurança e flexibilidade.
4.5 Fortalecimento da reputação e confiança
Em um mercado cada vez mais competitivo, a segurança da informação tornou-se um diferencial para conquistar e manter clientes e parceiros. A adoção do Zero Trust demonstra um compromisso sólido com a proteção de dados e a continuidade dos serviços.
Essa postura fortalece a confiança do mercado, melhora a reputação da empresa e pode abrir portas para novos negócios, especialmente em setores regulados ou que lidam com dados sensíveis.
Além disso, a capacidade de responder rapidamente a incidentes e minimizar impactos reforça a imagem de profissionalismo e responsabilidade, elementos essenciais para a sustentabilidade das PMEs.
5 DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO ZERO TRUST EM PMEs
5.1 Complexidade técnica e integração
Implementar o Zero Trust exige uma reestruturação da arquitetura de TI, o que pode ser complexo para PMEs que possuem sistemas legados e infraestrutura heterogênea. A integração das soluções Zero Trust com tecnologias antigas, garantindo compatibilidade e continuidade operacional, é um desafio técnico significativo.
Além disso, a escassez de profissionais especializados em segurança cibernética nas PMEs dificulta o planejamento, configuração e manutenção do modelo.
Para superar esses obstáculos, PMEs podem recorrer a serviços gerenciados (MSSPs), soluções em nuvem com integração simplificada e treinamentos específicos para capacitar suas equipes.
5.2 Mudança cultural e capacitação
O sucesso do Zero Trust depende não só da tecnologia, mas também da mudança cultural na organização. Todos os colaboradores precisam entender a importância das novas políticas, como a utilização correta da autenticação multifator, a atenção a tentativas de phishing e o cuidado com o uso de dispositivos pessoais.
Programas de treinamento contínuo, simulações de ataques e comunicação clara são essenciais para engajar a equipe e reduzir riscos causados por falhas humanas.
5.3 Custos e recursos
Embora existam soluções escaláveis, o investimento inicial em ferramentas, treinamento e monitoramento pode ser um desafio para PMEs com orçamento apertado. Além disso, a manutenção contínua e a atualização das políticas exigem recursos dedicados.
Planejamento financeiro cuidadoso e avaliação do retorno sobre investimento (ROI) são fundamentais para garantir que os benefícios superem os custos.
5.4 Resistência interna
Mudanças nos processos e controles podem gerar resistência, especialmente se não forem bem comunicadas. A percepção de aumento de burocracia ou perda de produtividade pode dificultar a adoção.
Para minimizar esse impacto, é importante implementar o Zero Trust de forma gradual, com apoio da liderança, foco nos benefícios práticos para os colaboradores e feedback constante.
6 ESTRATÉGIAS E MELHORES PRÁTICAS PARA ADOÇÃO GRADUAL DO ZERO TRUST
6.1 Avaliação e mapeamento de ativos
Antes de implementar o Zero Trust, é fundamental identificar e classificar os ativos digitais críticos, como dados sensíveis, sistemas financeiros e informações de clientes. Esse mapeamento orienta a priorização de esforços e investimentos, evitando desperdício de recursos.
Ferramentas de inventário e auditoria ajudam a criar um panorama claro da infraestrutura e dos riscos associados.
6.2 Implementação da autenticação multifator (MFA)
A MFA é uma das medidas mais eficazes para prevenir acessos não autorizados. Deve ser aplicada inicialmente aos acessos mais sensíveis, como sistemas financeiros, bases de dados e ferramentas administrativas.
A adoção pode ser feita por etapas, começando por usuários com privilégios elevados e expandindo para toda a organização.
6.3 Microsegmentação da rede
Dividir a rede em segmentos isolados limita a movimentação lateral de invasores e reduz o impacto de eventuais compromissos. Essa segmentação pode ser aplicada por departamentos, tipos de dados ou níveis de risco.
Ferramentas modernas de segmentação baseadas em software facilitam essa implementação, mesmo em ambientes híbridos.
6.4 Monitoramento contínuo e resposta a incidentes
Ferramentas que fornecem visibilidade em tempo real e alertas automáticos são essenciais para detectar e responder rapidamente a ameaças. A automação da resposta reduz o tempo de reação e limita danos.
Soluções com inteligência artificial e machine learning aprimoram a capacidade de identificar anomalias e comportamentos suspeitos.
6.5 Políticas de acesso dinâmico baseadas em contexto
Permissões devem considerar fatores como localização, dispositivo, horário e comportamento do usuário, aumentando a segurança sem prejudicar a produtividade.
Essa abordagem adaptativa permite flexibilizar o acesso conforme o risco, melhorando a experiência do usuário.
6.6 Uso de serviços em nuvem e gerenciados
Soluções em nuvem e provedores de segurança gerenciada (MSSP) podem reduzir custos e complexidade, oferecendo expertise e escalabilidade. Por exemplo, a parceria entre Cloudflare e TD SYNNEX amplia o acesso a serviços gerenciados Zero Trust para PMEs na América Latina, simplificando a adoção e operação.
7 PANORAMA DE FORNECEDORES LÍDERES E SUAS SOLUÇÕES PARA PMEs
Embora casos específicos de PMEs com detalhes públicos sejam raros, diversos fornecedores líderes oferecem soluções integradas e escaláveis para facilitar a adoção do Zero Trust por pequenas e médias empresas. Destacamos alguns exemplos com links para estudos de caso oficiais:
Microsoft: Oferece o Azure Active Directory, Microsoft Defender e Purview Compliance Manager, plataformas completas para implementação do Zero Trust com foco em escalabilidade e conformidade.
Cloudflare: Em parceria com a TD SYNNEX, disponibiliza serviços gerenciados de Zero Trust e SASE para PMEs na América Latina, proporcionando proteção robusta e redução da complexidade operacional.
Palo Alto Networks: Líder em segurança cibernética, oferece soluções Zero Trust adaptadas para PMEs, incluindo microsegmentação, autenticação e monitoramento contínuo.
Zscaler: Especializada em segurança na nuvem, oferece ZTNA e serviços SASE que facilitam o acesso seguro e a proteção de dados para PMEs.
Esses fornecedores contam com programas de parceria e serviços gerenciados que auxiliam PMEs a superar desafios técnicos e financeiros, acelerando a adoção do Zero Trust.
8 TENDÊNCIAS E EVOLUÇÃO DO ZERO TRUST EM 2025 E ALÉM
8.1 Integração com inteligência artificial e automação
A inteligência artificial (IA) e o machine learning (ML) estão transformando a segurança cibernética, tornando o modelo Zero Trust mais eficaz e responsivo. Essas tecnologias permitem a análise em tempo real de grandes volumes de dados, identificando padrões anômalos que indicam possíveis ataques ou comportamentos suspeitos.
Para PMEs, a automação impulsionada por IA reduz a necessidade de intervenção manual, que muitas vezes é limitada por falta de pessoal especializado. Por exemplo, sistemas podem automaticamente bloquear tentativas de acesso não autorizadas, isolar dispositivos comprometidos e iniciar processos de resposta a incidentes.
Além disso, a IA pode ajudar a ajustar políticas de acesso dinâmico com base no comportamento do usuário, localização e risco contextual, aumentando a segurança sem prejudicar a experiência do usuário.
8.2 Adoção crescente do ZTNA (Zero Trust Network Access)
O ZTNA é uma evolução natural do Zero Trust, substituindo as VPNs tradicionais por uma abordagem mais segura e flexível. Em vez de conceder acesso amplo à rede, o ZTNA permite que usuários acessem apenas as aplicações específicas para as quais têm permissão, com autenticação rigorosa e verificação contínua.
Para PMEs, o ZTNA oferece benefícios como:
Redução da superfície de ataque, eliminando a exposição da rede interna.
Melhor desempenho e experiência do usuário, pois o acesso é direto às aplicações, sem roteamento complexo.
Facilidade de implementação e escalabilidade, especialmente em ambientes multicloud e híbridos.
A adoção do ZTNA cresce rapidamente, com fornecedores como Cloudflare, Zscaler e Palo Alto Networks oferecendo soluções acessíveis para PMEs.
8.3 Segurança baseada em hardware
A segurança baseada em hardware, especialmente por meio de Hardware Security Modules (HSM), agrega uma camada extra de proteção para chaves criptográficas, autenticação forte e armazenamento seguro de credenciais.
Embora tradicionalmente associada a grandes corporações, a redução de custos e a oferta de serviços em nuvem com HSM tornam essa tecnologia acessível para PMEs que lidam com dados sensíveis ou regulados.
O uso de HSM fortalece a confiança no ambiente Zero Trust, garantindo que as chaves criptográficas e dados críticos estejam protegidos contra ataques físicos e lógicos.
8.4 Cultura de segurança contínua
Além da tecnologia, a evolução do Zero Trust depende da criação de uma cultura organizacional que valorize a segurança como parte do dia a dia. Isso inclui:
Treinamentos regulares e atualizados para todos os colaboradores, abordando temas como phishing, uso seguro de dispositivos e políticas internas.
Simulações periódicas de ataques para preparar a equipe e identificar pontos de melhoria.
Comunicação clara e transparente sobre políticas, incidentes e boas práticas.
Incentivo à participação ativa dos colaboradores na segurança, tornando-os aliados na proteção da empresa.
Para PMEs, essa cultura é essencial para maximizar os benefícios do Zero Trust, reduzindo riscos causados por erros humanos e aumentando a resiliência organizacional.
9 CONCLUSÃO
O modelo Zero Trust é uma peça-chave para a segurança das pequenas e médias empresas em 2025. Ele oferece uma abordagem moderna, adaptativa e eficaz para proteger ativos digitais em um cenário de ameaças crescentes e ambientes complexos.
Embora a implementação apresente desafios técnicos, culturais e financeiros, a adoção gradual, apoiada por soluções escaláveis, serviços gerenciados e uma cultura de segurança forte, torna essa transformação viável e altamente benéfica.
PMEs que investirem no Zero Trust estarão mais preparadas para enfrentar os riscos atuais e futuros, garantindo continuidade, conformidade e competitividade no mercado.
Além disso, acompanhar as tendências tecnológicas, como inteligência artificial, ZTNA e segurança baseada em hardware, e fomentar uma cultura organizacional de segurança contínua, são fatores decisivos para o sucesso a longo prazo.
REFERÊNCIAS
Lattine Group. Zero Trust: o modelo de segurança que está revolucionando a proteção empresarial. Disponível em: https://lattinegroup.com/tecnologia/zero-trust-o-modelo-de-seguranca-que-esta-revolucionando-a-protecao-empresarial/. Acesso em: 09 jul. 2025.
AFP. Cloudflare e TD SYNNEX ampliam parceria para proteger América Latina com serviços gerenciados. Disponível em: https://www.afp.com/pt/infos/cloudflare-e-td-synnex-ampliam-parceria-para-proteger-america-latina-com-servicos-gerenciados. Acesso em: 09 jul. 2025.
TI Inside. Como colocar o modelo Zero Trust Network Access ao alcance de PMEs de todo o Brasil. Disponível em: https://tiinside.com.br/25/09/2024/como-colocar-o-modelo-zero-trust-network-access-ao-alcance-de-pmes-de-todo-o-brasil/. Acesso em: 09 jul. 2025.
Cryptoid. Zero Trust e Hardware Security Module: lições de segurança 2025. Disponível em: https://cryptoid.com.br/seguranca-2/zero-trust-e-o-hardware-security-module-as-licoes-de-seguranca-para-o-mercado-em-2025/. Acesso em: 09 jul. 2025.
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